Carolina Salgado prestou declarações no tribunal de Gondomar, revelando várias conversas envolvendo Pinto da Costa, Valentim Loureiro e Pinto de Sousa sobre alegados favorecimentos ao Gondomar. No entanto, não conseguiu pormenorizar para que jogos concretos.
"Em concreto, não lhe posso responder", disse Carolina Salgado, em resposta a uma questão de Carlos Alhinho, o advogado de Castro Neves.
"Sei que falavam do Gondomar, mas não posso precisar se foi o jogo Beira Mar-Gondomar", afirmou noutra altura, a perguntas do juiz-presidente, Carneiro da Silva, revelando desconhecer que Beira Mar e Gondomar jogavam em divisões diferentes à época dos factos, em 2003/2004.
Carolina, que se apresentou ao tribunal como escritora e que depôs cerca de hora e meia, deu conta de frequentes conversas à mesa Degrau Chá, na zona do Bessa, um estabelecimento que pertence à família de Valentim Loureiro, ainda que não as conseguisse quantificar. Referiu apenas que terão sido mais de quatro.
Garantiu, contudo, que as conversas incidiam sobre arbitragens do Gondomar e os apelos "eram no sentido de se nomear o árbitro mais favorável". "Não tenho dúvidas nenhumas", sublinhou.
Pinto da Costa seria, segundo Carolina Salgado, o intermediário solicitado junto de Pinto de Sousa - o "Zé", como era tratado - para que o Gondomar SC tivesse os árbitros pretendidos.
"Vê lá se falas ao Zé [José Pinto de Sousa] para nomear outro árbitro", terá dito, uma vez, Valentim Loureiro, dirigindo-se a Pinto da Costa.
"Por que é que acha que Valentim loureiro sentiria necessidade de fazer de Pinto da Costa seu intermediário junto dos árbitros?", perguntou mais tarde o advogado de Pinto de Sousa e insistiu o juiz-presidente. "Não faço ideia", respondeu Carolina Salgado,
in Record